SETEMBRO AMARELO: ASPRAMECE NA LUTA PELA CONSCIENTIZAÇÃO E PREVENÇÃO DO SUICÍDIO

O Setembro Amarelo é o mês de conscientização sobre a importância da prevenção do suicídio e, neste momento, é nosso dever enfatizar a necessidade de atenção especial com o bem estar e a saúde mental de todas as pessoas, mas principalmente, dos nossos policiais e bombeiros militares do estado do Ceará.

Desde 2014, a Associação Brasileira de Psiquiatria – ABP, em parceria com o Conselho Federal de Medicina – CFM, organiza nacionalmente o Setembro Amarelo. O dia 10 deste mês é, oficialmente, o Dia Mundial de Prevenção ao Suicídio, mas a campanha acontece durante todo o ano.​

De acordo com dados de 2019 da Organização Mundial da Saúde (OMS), 9,3% da população brasileira sofre de ansiedade e 5,8%, de depressão, segundo a ABP, principal causa relacionada aos suicídios no Brasil.

A organização Mundial de Saúde – OMS , calcula que, aproximadamente 1 milhão de casos de óbitos são registrados por ano em todo o mundo. No Brasil, os casos registrados chegam a 12 mil óbitos por ano. Trata-se de uma triste realidade, que registra cada vez mais casos, principalmente entre os jovens. Cerca de 96,8% dos casos de suicídio estavam relacionados a transtornos mentais.

A Associação de Praças da Polícia Militar e Corpo de Bombeiros Militar do Ceará (Aspramece), sabendo como a natureza da atividade policial causa impactos na subjetividade e saúde psíquica destes heróis de farda participa efetivamente dessa campanha na luta pela conscientização sobre a prevenção do suicídio. O alto nível de estresse na atividade policial, a exposição diária à violência e incidentes traumáticos podem progredir para transtornos mentais graves como depressão ou estresse pós-traumático, por exemplo.

O último caso de suicídio registrado dentro da corporação militar, no estado, foi da cabo da Polícia Militar de Fortaleza, Ana Cláudia Sousa. Ela cometeu suicídio no dia 14 de agosto. A PM ligou ainda para uma unidade do Ciops informando que iria tirar a própria vida. Horas antes de cometer o ato, a militar chegou a postar no status do WhatsApp mensagens de despedida. Ana Cláudia era mãe de dois filhos.

P. Queiroz, advogado e presidente da Aspramece, acredita que policiais e bombeiros que passaram por algum tipo de situação traumática durante suas atividades deveriam ser observados cuidadosamente por algum psicólogo ou psiquiatra para serem tratados de forma cuidadosa e assim retornarem ao trabalho com mínimos traços de confusão mental (aqui também é importante destacar a necessidade de apoio psicológico durante as atividades).

A natureza da atividade militar expõe o profissional a diversas situações que podem conduzir a depressão, o transtorno do estresse pós-traumático, ansiedade, síndrome do pânico, entre outras ameaças à saúde mental.

Falar sobre o assunto é de extrema importância, além de ser a melhor forma de prevenção.

Abaixo, listamos alguns sinais verbais que merecem à sua atenção quando forem mencionados por alguém próximo:

“Eu quero morrer!”;
“Vou me matar!”;
“Se isso acontecer novamente, prefiro estar morto”;
“Eu não consigo aguentar mais isso”;
“Estou cansado da vida, não quero continuar”;
“Ninguém precisa de mim”;
“Tudo seria melhor sem mim”;
“Eu sou um fracassado e inútil”.

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