PMRJ culpa STF pela migração de criminosos para favelas do RJ

A Polícia Militar (PM) do Rio de Janeiro culpou o Supremo Tribunal Federal (STF) pela migração de criminosos para o Estado. A declaração foi do coronel Luiz Henrique Marinho Pires, depois da operação da PM, na terça-feira 24, na Vila Cruzeiro, que resultou em 25 mortos.

Segundo a polícia, a incursão na comunidade tinha como objetivo surpreender um comboio de mais de 50 traficantes que se deslocaria para a Favela da Rocinha, na zona sul da cidade. A PM informou que parte dos criminosos veio de outros Estados, como Alagoas, Amazonas, Bahia, Ceará, Pará e Rio Grande do Norte.

O secretário da corporação, coronel Pires, disse ontem que “a gente começou a reparar nessa movimentação, nessa tendência deles de migração para o Rio de Janeiro, a partir da decisão do STF”.

Em junho de 2020, o ministro Edson Fachin proibiu a realização de operações policiais em comunidades do Rio de Janeiro durante a pandemia do coronavírus. A decisão liminar ocorreu depois de uma ação movida pelo Partido Socialista Brasileiro (PSB).

Operação policial conjunta deixa 22 mortos no Rio

Pelo menos 22 pessoas morreram e outras sete ficaram feridas na manhã desta terça-feira, 24, na Vila Cruzeiro, na Penha, zona norte do Rio de Janeiro, durante operação conjunta do Batalhão de Operações Especiais (Bope) da Polícia Militar (PM), da Polícia Federal (PF) e da Polícia Rodoviária Federal (PRF).

A PM diz que foi recebida a tiros quando iniciava uma operação emergencial, com o objetivo de prender chefes de uma facção criminosa que estariam escondidos na comunidade. Segundo a polícia, chefes de outras favelas, como Jacarezinho, Mangueira, Providência, Salgueiro e até de Estados do Norte e do Nordeste estariam abrigados na Vila Cruzeiro.

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