Absurdo: Acusado de Matar 3 policiais militares em 2018 é solto pela Justiça Cearense

Mais um caso absurdo protagonizado pela Justiça do Ceará, nos lembramos com muita tristeza do caso ocorrido no dia 23 de agosto de 2018 na Vila Manoel Sátiro, que vitimou o 1º sargento José Augusto de Lima, de 58 anos, o 2º tenente Antônio Cezar Oliveira Gomes, 50 anos, e o subtenente Sanderleu Cavalcante Sampaio, de 46 anos, quando foram executados enquanto almoçavam em um bar da região, os responsáveis pelo crime na época foram capturados,

A mídia noticiou nos últimos dias que a justiça decidiu impronunciar, ou seja, não levar a júri popular Rafael Mendes Almeida um dos acusados do triplo homicídio, que agora foi solto, por decisão em 2° Instancia da justiça Cearense. Lembrando que em 2020 a juíza da 5ª Vara do Júri de Fortaleza decidiu pronunciar Lucas Oliveira da Silva e Rafael Mendes Almeida, mas a defesa recorreu conseguindo a decisão favorável, para os acusados desse crime. A defesa de Lucas que também foi preso no caso, pede a soltura dele também.

A desembargadora relatora em seu voto discordou da decisão da Juíza da 5° Vara que tinha pronunciados os acusados "os elementos em que se apoia a pronúncia são extraídos quase que exclusivamente da fase inquisitorial, e, aqueles poucos colhidos em juízo, constituem-se, em maior ou menor medida, em “testemunhos de ouvir dizer”, redundando, ao final, uma insuficiência para delimitar o que se exige, em termos de indícios de autoria, para a pronúncia".

Lembrando que em 2018 o Ministério Público do Ceará (MPCE) apresentou denúncia relacionada ao triplo homicídio. Nela, também foi denunciado pelas mortes o suspeito Charlesson de Araújo Souza, trazendo que Lucas e Rafael foram participes no planejamento do crime.

A Aspramece repudia a decisão dos Desembargadores, causando uma sensação de impunidade a todos os amigos e familiares desses policiais, assim como membros da corporação que sentem atingida por essa decisão. Lembrando que eles foram mortos por serem policiais.

Entenda o Caso

Consta na denúncia que um quarto PM, Juciano de Lima Barbosa, alugava um imóvel para o pai do denunciado Charlesson. O militar teria informado que pai e filho precisariam se mudar, devido ao envolvimento do acusado em uma facção. A ordem de despejo gerou um desentendimento entre o suspeito e o PM. A informação teria chegado ao conhecimento das lideranças do grupo criminoso que decidiram matar Juciano, caso que ocorreu em julho de 2018.

A facção teria ordenado o triplo assassinato ao saber que agentes da Segurança Pública estavam em um bar, almoçando: "nas diligências realizadas, foi possível identificar e localizar os denunciados, e, com eles, feita a apreensão inclusive de armas, munições, drogas e outros objetos, que levaram à prisão, simultaneamente, por outros crimes não conexos".

As vítimas foram executadas quando um carro, modelo Voyage preto, chegou com os suspeitos já efetuando os disparos. Na época, o Comando Geral da Polícia Militar no Ceará decretou três dias de luto e o então governador do Ceará, Camilo Santana autorizou uma força-tarefa para prender os responsáveis pelo crime.

 

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