O Ceará voltou a ser palco de violência contra a juventude. Na manhã desta quinta-feira (25), a Escola Estadual Luiz Felipe, em Sobral, foi alvo de um ataque que terminou em tragédia: dois estudantes, de 16 e 17 anos, morreram após disparos feitos de fora da instituição. Outros três adolescentes ficaram feridos.
O crime ocorreu no estacionamento e no pátio escolar. Testemunhas relataram cenas de pânico e correria, com alunos tentando se abrigar dos tiros. O espaço, que deveria ser de aprendizado, transformou-se em cenário de medo e desespero. As vítimas foram levadas à Santa Casa de Misericórdia de Sobral.
De acordo com a Secretaria da Segurança, os primeiros indícios apontam ligação com o tráfico de drogas. A ousadia dos criminosos — atirando em plena luz do dia contra adolescentes indefesos — evidencia a escalada da violência no estado.
A barbárie provocou indignação. Famílias, colegas e toda a comunidade escolar mergulharam em dor. Vozes de revolta ecoaram contra um crime que interrompeu um simples intervalo de aula, transformando o recreio em tragédia.
Em nota, o governador Elmano de Freitas classificou o ataque como “gravíssimo e intolerável” e anunciou reforço policial. A população, no entanto, cobra respostas efetivas. Até quando estudantes terão que conviver com a rotina de medo? Até quando a escola — espaço que deveria ser sagrado — seguirá vulnerável?
A ASPRAMECE manifesta solidariedade às famílias, amigos e colegas dos jovens assassinados. É urgente garantir acolhimento psicológico às vítimas e reparação aos familiares. Mais do que nunca, reafirma-se: é preciso uma comunidade inteira para proteger uma criança.