Um relatório da Subsecretaria de Inteligência (SSinte) da Polícia Civil do Rio de Janeiro detalha as fichas criminais de 25 dos 27 suspeitos mortos no Jacarezinho, favela na Zona Norte do Rio onde ocorreu a operação na última quinta-feira (6). Os outros dois não tinham anotações de crimes.
Na semana passada, ao divulgar informações sobre a operação, a polícia disse que todos os mortos na operação, que é considerada a mais letal da história do estado, tinham antecedentes criminais e que entraram em confronto com os agentes.
Como mostrou o RJ2 nesta segunda-feira (10), o relatório com as fichas criminais dos baleados mostrou que, dos 27 mortos, 25 tinham passagens pela polícia.
O documento aponta que 12 deles tinham envolvimento com o tráfico de drogas no Jacarezinho;
Outros 12 tinham registros por outros crimes, como posse e uso de drogas, furto, roubo, porte ilegal de armas, ameaça e lesão corporal. Um foi fichado por desacato;
Dos 12 mortos sem denúncia de envolvimento com o tráfico, a polícia afirma que, em três casos, parentes confirmaram em depoimento a ligação deles com facções criminosas;
No caso dos outros nove, a polícia justificou o envolvimento deles com o tráfico a partir de fotos e mensagens publicadas em redes sociais;
Em relação aos dois sem antecedentes criminais, a polícia afirmou que eles tinham envolvimento com o tráfico confirmado em depoimento por parentes. Um deles era menor de idade;
O relatório traz, ainda, fotos dos mortos retiradas de redes sociais. Em muitas, eles aparecem portando armas. Em outras, não.
A única morte a se lamentar nesse caso e a do inspetor André Leonardo de Mello Frias, que morreu na prestação do serviço, agora a mídia e órgão de defesa dos Direitos Humanos condenam a ação policial, sendo que ficou bastante claro que os bandidos reagiram fortemente.
Fonte: G1