Mais 32 PMs acusados de participar do movimento paredista no Ceará são absolvidos pela Justiça

A Vara da Auditoria Militar, da Justiça Estadual, absolveu sumariamente mais 32 policiais militares acusados de participar do movimento paredista da categoria, ocorrido no Ceará em fevereiro de 2020. Dez PMs já haviam sido inocentados na semana passada.

O juiz Roberto Soares Bulcão Coutinho, junto do Conselho Permanente da Vara Militar, proferiu mais 10 sentenças, que reuniram um total de 32 militares, na última quinta-feira (14). Os policiais eram acusados pelo Ministério Público do Ceará (MPCE), conforme a participação individual, por crimes militares como omissão de eficiência de força, omissão de lealdade militar e atentado contra viatura.

A Vara considerou, em um dos processos, que exigir "a ação enérgica dos militares é interpretar de modo excessivo os deveres dos militares. Como se, em qualquer situação, tivessem que atuar para impedir a tomada do bem ou alguma ação contra ele. É de se considerar as circunstâncias do caso, o clima de tensão da época e o fato de que entre os amotinados havia outros militares que, mesmo que agindo equivocadamente, eram companheiros de farda".

Em outra decisão, a Vara da Auditoria Militar já havia absolvido sumariamente outros 10 policiais militares acusados de participar do motim: o cabo Douglas Rodrigues de Almeida e os soldados Luís Otávio Dias de Souza, Paulo Diego Rodrigues Peixoto, Pedro Henrique Araújo de Oliveira, João Ádilo Cordeiro, Francisco Thiago Pacheco Galdino, Antônio Giliard Sousa de Oliveira, João Paulo Falcão Nogueira, Levi Darckson Silva de Lima e Evilásio Silva Sena.

O advogado Cícero Roberto, que representa o soldado Pedro Henrique Araújo de Oliveira, analisa que as decisões judiciais a favor dos PMs representam "esperança para os policiais que estão sendo investigados nos mesmos moldes, estavam de serviço e foram abordados por uma quantidade numérica de pessoas superior ao que estava trabalhando".

Fonte: Diário do Nordeste

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