Homem é salvo por policial militar após se engasgar com farofa em supermercado de Fortaleza

Um homem passou por um grande susto em um supermercado localizado no bairro Dionísio Torres, em Fortaleza, na tarde desta segunda-feira (27). O cliente se engasgou com farofa e foi salvo graças à ação rápida de agentes da Polícia Militar do Ceará (PMCE) que passavam pelo local no momento do incidente.

De acordo com testemunhas, uma mulher saiu correndo pelo estabelecimento pedindo ajuda ao perceber que o homem não conseguia respirar. Um funcionário do supermercado tentou socorrê-lo, mas sem sucesso. Foi então que um dos policiais aplicou a manobra de Heimlich, conseguindo desobstruir as vias respiratórias da vítima, que recuperou a respiração e passa bem.

Manobra de Heimlich pode salvar vidas

A manobra de Heimlich é uma técnica de primeiros socorros usada em casos de engasgamento, quando a pessoa não consegue falar, tossir ou respirar. O procedimento consiste em se posicionar atrás da vítima, envolver sua cintura com os braços, fechar uma mão em punho e colocá-la logo acima do umbigo. A outra mão segura o punho e são feitas compressões rápidas para dentro e para cima, com o objetivo de expulsar o objeto que está bloqueando as vias respiratórias.

IJF registra mais de 3,7 mil atendimentos por engasgo em 2025

O Instituto Dr. José Frota (IJF), em Fortaleza, registrou 3.770 atendimentos por engasgo entre janeiro e setembro deste ano, tornando esse tipo de ocorrência a terceira principal urgência atendida na unidade. Crianças e idosos estão entre os grupos mais vulneráveis.

O mês de abril foi o que concentrou o maior número de casos, com 446 registros. Segundo o IJF, os principais causadores de engasgo em adultos são espinhas de peixe e ossos, enquanto entre as crianças, pilhas, baterias, moedas e brinquedos pequenos lideram as ocorrências.

De acordo com o médico endoscopista Adalberto Vieira, o IJF é referência nesse tipo de atendimento na Capital, mas pacientes do interior também podem procurar UPAs ou hospitais locais. Caso seja necessário, o paciente é transferido.

“A gente faz a avaliação para saber se o paciente precisa de uma endoscopia digestiva flexível, que é um aparelho maleável, ou de um procedimento mais invasivo, com uma endoscopia rígida, para remover o corpo estranho”, explicou o médico.