Em dezembro, a ASPRAMECE, na pessoa do presidente P. Queiroz, e o IBPSON viveram um daqueles encontros que ficam marcados não pela formalidade, mas pelo afeto. As duas instituições estiveram no Lar Davis, localizado no Eusébio, na Região Metropolitana de Fortaleza, e foram recebidas com muito carinho pela diretora Ivone Moreira. Mais do que uma visita institucional, foi um momento de escuta, acolhimento e troca de olhares atentos para uma realidade que pede cuidado constante.
O Lar Davis é um espaço de proteção e recomeço. Ali vivem crianças que, por diferentes razões, precisaram ser afastadas temporariamente de suas famílias por decisão judicial. São histórias interrompidas no meio do caminho, laços rompidos à força, mas também vidas que aguardam novas oportunidades, inclusive a chance de adoção, quando os processos são concluídos.
Manter esse ambiente funcionando exige mais do que boa vontade. O Lar Davis sobrevive graças a convênios com o poder público, doações solidárias e atividades realizadas para garantir que essas crianças tenham uma qualidade de vida compatível com suas idades — com cuidado, educação, alimentação e, sobretudo, dignidade.
A visita também abriu caminhos para algo maior. A partir desse encontro, nasce a proposta de pensar, para 2026, uma estratégia conjunta de palestras, seminários e ações de conscientização voltadas à não violência doméstica, à proteção de crianças e adolescentes e ao fortalecimento das famílias. A ideia é agir antes que a violência aconteça, para que muitas das histórias que hoje precisam ser acolhidas não precisem mais se repetir.
Porque, independentemente do formato que a família tenha, existe um princípio que criança não pode sofrer violência, não pode ser constrangida, agredida ou marcada por traumas que comprometam seu futuro. O lar deve ser espaço de proteção, nunca de medo. Conscientizar é prevenir. E prevenir é o caminho mais justo para garantir que nossas crianças cresçam livres, seguras e com chances reais de construir uma convivência social saudável.