Facções no Brasil já estão se ‘transformando em máfia’, diz secretário

O secretário Nacional de Segurança Pública do Ministério da Justiça e Segurança Pública, Mario Sarrubbo, afirmou que a situação da criminalidade no país é preocupante, principalmente, em relação às organizações criminosas. Em entrevista ao Amarelas On Air, de VEJA, Sarrubbo diz que o crime já mudou de patamar e agora pode ser classificado como máfia.

“Nós já estamos numa escala acima de uma simples organização criminosa, porque organização criminosa ela se organiza para cometer uma modalidade de crime ou duas. A máfia é uma instituição que comete várias espécies de crime, negocia com o Estado, se infiltra na sociedade civil, na política e assim por diante.”

 

Diante desse cenário, o secretário destaca a importância da aprovação da PEC da Segurança, que prevê a integração entre as polícias e o projeto antimáfia que passa a definir o que é uma, diferenciando de organização criminosa. As duas propostas ainda precisam ser encaminhadas ao Congresso. A expectativa é que o texto da PEC seja apresentado ainda nesta semana para os parlamentares e o outro projeto deve ser finalizado ainda neste mês.

Com a proposta de emenda a Constituição, Sarrubbo ressalta a necessidade de se ter uma legislação que integre todas as informações para o trabalho de inteligência da polícia. Isso seria o básico para se combater o crime, destaca. Funcionaria como uma espécie de SUS da segurança, em que os órgãos teriam acesso aos dados de forma unificada.

 

“A ideia é que, com a institucionalização do Susp (Sistema Único de Segurança Pública), a gente possa ter mecanismos mais efetivos para conseguir essa integração e buscarmos efetivamente uma política de segurança pública em nível nacional. Porque hoje nós temos várias políticas diferentes sendo executadas nos estados, sem uma unidade necessária. Então, o que se pretende com a PEC e com a constitucionalização do Susp é que a União possa estabelecer diretrizes’.

Segundo o secretário, a proposta, no entanto, não interfere na autonomia dos estados, que agora, de uma forma geral, têm apoiado a iniciativa, após mudanças que foram feitas no texto garantindo essa independência.

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